Em Pequim, Lula e Xi Jinping assinam acordos de cooperação nas áreas de finanças, tecnologia e infraestrutura

  • 13/05/2025
(Foto: Reprodução)
A China é a maior parceira comercial do Brasil e trava uma guerra tarifária com os Estados Unidos, que são o segundo. Presidente do Brasil e da China se encontraram (13/05) em Pequim Os presidentes do Brasil e da China se encontraram nesta terça-feira (13) em Pequim. Lula e Xi Jinping assinaram acordos de cooperação. Foi um grande evento. O presidente chinês, Xi Jinping, foi ao Peru, em novembro de 2024, inaugurar o Porto de Chancay ao lado da presidente peruana, Dina Boluarte. O porto já recebe os maiores navios do mundo. Os investimentos chineses foram de mais de US$ 3,5 bilhões. E é uma ligação estratégica da China à América Latina pelo Oceano Pacífico. Pequim quer usá-lo também para exportar soja brasileira, que hoje tem que dar a volta ao mundo ou passar pelo Canal do Panamá - construído pelos Estados Unidos, devolvido para os panamenhos em 1999 e que, em 2025, o presidente americano, Donald Trump, ameaçou retomar o controle. O Porto de Chancay é a maior obra até agora na América Latina com recursos do programa de crescimento chinês que está sendo chamado de a Nova Rota da Seda, que financia obras de infraestrutura para conectar a China ao resto do mundo. Em contrapartida, a administração do porto é de exclusividade da empresa estatal chinesa. O que levanta críticas em relação à soberania do Peru e que pode incomodar os Estados Unidos, que têm a América Latina como zona de influência desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Lula na China: veja setores em que Brasil pode aumentar vendas para o país asiático Mesmo assim, novos investimentos do projeto de crescimento chinês foram o principal tema de um fórum entre a China e países latino-americanos e caribenhos nesta terça-feira (13) em Pequim. O presidente Xi Jinping foi o primeiro a discursar e, em uma crítica velada aos Estados Unidos, afirmou que não há vencedores em guerras de tarifas e que bullying e hegemonia levam apenas ao auto-isolamento. Disse que graças à iniciativa da Nova Rota da Seda, foram implementados 200 projetos de infraestrutura que criaram mais de 1 milhão de empregos, citou o Porto de Chancay, no Peru, e defendeu a soberania panamenha no Canal do Panamá. O presidente chinês anunciou uma linha de crédito de 10 bilhões de yuans para que empresas chinesas façam obras de infraestrutura na América Latina. A oferta em moeda chinesa é mais um passo para tirar do dólar a hegemonia do comércio mundial. O presidente Donald Trump ameaça os países do chamado bloco dos Brics, que têm o Brasil e a China, a enfrentarem tarifas de 100% caso apoiem qualquer outra moeda para substituir o dólar americano. Em Pequim, Lula defendeu, mais uma vez, a união dos países latino-americanos e o multilateralismo Jornal Nacional/ Reprodução No discurso no mesmo fórum, o presidente Lula defendeu, mais uma vez, a união dos países latino-americanos e o multilateralismo: "Ou nós nos juntamos entre nós, e procuramos parceiros que queiram, junto conosco, construir um mundo compartilhado, ou a América Latina tende a continuar sendo uma região que representa a pobreza no mundo de hoje. É importante que a gente compreenda: não depende de ninguém. Não depende do presidente Xi Jinping, não depende dos Estados Unidos, não depende da União Europeia. Depende, pura e simplesmente, se a gente quer ser grande ou a gente quer continuar pequeno”. O Brasil não assinou uma carta de intenção de fazer parte da Nova Rota da Seda. Outros 148 países, 20 da América Latina e do Caribe, já fizeram. De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa, a ideia do Brasil não é fazer parte do projeto, mas se beneficiar dele: "O Brasil tem sua definição autônoma de estratégia de desenvolvimento e nós é o que se fala de sinergia. Isso é buscar aonde essas estratégias se encontram”. Em Pequim, Lula e Xi Jinping assinam acordos de cooperação nas áreas de finanças, tecnologia e infraestrutura Jornal Nacional/ Reprodução Ao fim do dia, o presidente Lula teve um encontro bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping. A China é a maior parceira comercial brasileira e trava uma guerra tarifária com os Estados Unidos, que são o segundo. Esse é o terceiro encontro entre Lula e Xi em pouco mais de dois anos de governo. Mas Lula ainda não se reuniu com Donald Trump. O presidente chinês, Xi Jinping, recebeu o presidente Lula no Palácio do Povo, usado para cerimônias em Pequim. Fica a oeste da Praça da Paz Celestial, conhecida pelos protestos em 1989, duramente esmagados pelo regime autoritário chinês. Lula e Xi participaram da cerimônia em que foram assinados memorandos de cooperação, principalmente nas áreas de finanças, tecnologia e infraestrutura. No discurso, Lula mencionou a criação de rotas para ligar o Brasil ao Porto de Chancay, no Peru e, mais uma vez, se mostrou contra a política tarifária de Donald Trump e ressaltou a importância da parceria com a China. LEIA TAMBÉM Na China, Lula critica guerra comercial imposta pelos EUA Comitiva de Lula na China assina acordo para parceria em combustível sustentável de aviões Janja cria constrangimento em encontro de Lula com Xi Jinping ao falar de TikTok

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/05/13/em-pequim-lula-e-xi-jinping-assinam-acordos-de-cooperacao-nas-areas-de-financas-tecnologia-e-infraestrutura.ghtml


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